Apesar de pressão, aliados veem, por ora, apoio de Bolsonaro a Milton Ribeiro

Em áudio, ministro diz que atende o presidente ao direcionar verbas a prefeitos indicados por pastores. Diante da repercussão, ele negou o pedido de Bolsonaro, mas crise se instalou no MEC. Ministro da Educação, Milton Ribeiro, com Bolsonaro em cerimônia realizada em fevereiro em Brasília

Cláudio Reis/Estadão Conteúdo

Aliados do presidente Bolsonaro avaliam que, por ora, Milton Ribeiro ainda conta com o apoio do presidente Bolsonaro para seguir no cargo.

Apesar da pressão de diferentes políticos - entre eles, lideranças do centrão e também da bancada evangélica- Bolsonaro tem sinalizado a aliados que quer manter Milton Ribeiro no cargo.

Interlocutores do presidente reforçam avaliação feita na terça-feira (22), ao blog: Bolsonaro ficou satisfeito em ter sido "blindado" por Ribeiro na nota que o ministro divulgou, ao tentar explicar o áudio de suposto favorecimento do MEC a pastores.

Para mudar esse quadro de apoio ao ministro, líderes do centrão afirmam que Bolsonaro ainda quer aguardar novos desdobramentos - como repercussão no Judiciário ou pressão pública de toda bancada evangélica.

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O líder da frente parlamentar evangélica, Sóstenes Cavalcante, vai falar sobre o assunto em coletiva na tarde desta quarta (23). Ontem, disse que cobrou explicações de Ribeiro.

Para o centrão, o melhor seria Ribeiro sair do cargo, pedindo para sair -e até justificar uma saída com uma candidatura ao pleito de outubro.

Mas, por ora, nada está definido -e Ribeiro ganha uma sobrevida até o próximo desdobramento.

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