Enviado do Vaticano diz que anistia para prisioneiros em Cuba está 'na mesa'

Enviado do Vaticano diz que anistia para prisioneiros em Cuba está 'na mesa'
Centenas de manifestantes foram presos após os protestos de 11 de julho de 2021, os mais expressivos desde a revolução de 1959. Manifestante é contido durante protestos que tomaram as ruas de Havana em julho de 2021

Ramon Espinosa/ Associated Press

O enviado papal e cardeal Benjamin Stella disse em Havana nesta quarta-feira (8) que uma possível anistia para prisioneiros detidos em Cuba após protestos antigovernamentais em julho de 2021 estava "na mesa", mas a resposta não depende da Igreja Católica Romana.

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Stella, que chegou para uma longa visita à ilha caribenha comunista no final de janeiro, disse a repórteres que o Vaticano havia levantado o tema de uma potencial anistia para prisioneiros em diversas ocasiões.

Suprema Corte de Cuba condena mais de cem pessoas à prisão por violência em protestos, no ano passado

"Obviamente, este tem sido um tema de nossas conversas", disse Stella após um discurso na Universidade de Havana, em Cuba. "O tema está sobre a mesa, mas a resposta não depende do cardeal Stella."

Os comentários ocorrem em meio a críticas de grupos de direitos humanos, dos Estados Unidos e da União Europeia a Cuba após a prisão de centenas de manifestantes após os protestos de 11 de julho de 2021, os mais expressivos desde a revolução de 1959, comandada pelo ex-líder cubano Fidel Castro.

"Peço muito que haja uma resposta positiva (para) anistia, clemência, seja lá o que for chamado. As palavras são secundárias, mas é importante que os jovens que uma vez expressaram seus pensamentos... possam voltar para suas casas", disse Stella.

O governo cubano não respondeu imediatamente a um pedido de comentário sobre as declarações de Stella.