O laudo oficial do laboratório com a confirmação da praga foi emitido no último dia 7 de julho. Após a descoberta do foco, equipe do governo federal foi mobilizada para fazer o trabalho de monitoramento no estado.
ACRE ESTÁ PROIBIDO DE ENVIAR CACAU E CUPUAÇU PARA OUTROS ESTADOS
Superintendente do Mapa no Acre, Fernando Bortoloso, disse que estão fazendo uma varredura completa na área considerada como de maior risco de detecção de possíveis novos focos da praga. Conforme o Mapa, na América do Sul, a praga era encontrada apenas no Equador, Colômbia, Venezuela, Bolívia e Peru. A monilíase pode causar prejuízos que vão de 50% a 100% da produção, no caso de um ataque mais severo.
RIO BRANCO (Acre) - Os agricultores e extrativistas que atuam com a produção de cacau e cupuaçu no Acre devem sofrer prejuízos na produção após o Ministério da Agricultura colocar o Acre em quarentena devido à praga que atinge as plantas, a chamada Monilíase do Cacaueiro (Moniliophthora roreri), que foi detectada pela primeira vez no Brasil no município de Cruzeiro do Sul, no mês passado.Após a identificação da praga, equipes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e do Instituto de Defesa e Agropecuária do Acre (Idaf-AC) iniciaram o trabalho de fiscalização e orientação a produtores de cacau e cupuaçu. O superintendente do Mapa no Acre, Fernando Bortoloso, disse que estão fazendo uma varredura completa na área considerada como de maior risco de detecção de possíveis novos focos da praga, por meio do mapeamento das plantas hospedeiras, avaliação dos sintomas, coleta de amostras para análises laboratoriais e erradicação de frutos e materiais vegetais com sintomas característicos do fungo. "Diante da constatação de que o problema está se manifestando na área urbana de Cruzeiro do Sul e Mâncio Lima e que não foram identificados quaisquer danos a cacauicultura do estado, não se vislumbram no momento ações de apoio direto aos agricultores e extrativistas. Contudo, as ações de combate e erradicação beneficiarão toda a comunidade agrícola do estado", disse.O superintendente não informou que tipo de prejuízos os produtores vão sofrer com a quarentena. E disse que o foco é em uma área urbana na periferia da cidade de Cruzeiro do Sul e Mâncio Lima."Essa é uma medida cautelar para evitar a dispersão da praga para as áreas de cultivo de cacau e cupuaçu", explicou.DescobertaUm morador de Cruzeiro do Sul percebeu a doença nas frutas e acionou o Idaf no dia 21 de junho. No dia seguinte, um servidor do instituto esteve no local para verificação e foram enviadas amostras para análise.