Foram 22 dias de grave crise energética, 4 deles sem o fornecimento e o restante em rodízio de eletricidade. Grupo Equatorial Energia venceu leilão e administra a CEA até 2051. Trabalhador da CEA na rede elétrica em MacapáArquivo g1Em 24 de novembro de 2020, quase 90% da população amapaense saiu do período mais grave da crise energética que deixou o estado num apagão durante 22 dias. Exatamente um ano depois, nesta quarta-feira (24), a distribuição, comandada pela Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA), passa a ser administrada pela iniciativa privada.O blecaute, que iniciou em 3 de novembro de 2020, afetou 13 dos 16 municípios do estado e foi um dos maiores apagões da história do país. Foram 22 dias seguidos de problemas, dos quais os quatro primeiros em escuridão total e o restante sob regime de rodízio.Apagão expôs fragilidades no acesso a energia elétrica no estadoA explosão de um transformador numa subestação na Zona Norte de Macapá durante uma tempestade desencadeou um problema muito maior que a ausência de energia elétrica, mas também expôs um frágil e dependente sistema, desde a geração, passando pela transformação e a distribuição - esta última era a única ainda administrada pelo Estado.Governo repassou na terça-feira o controle da Companhia de Eletricidade do Amapá ao grupo Equatorial EnergiaLaura Machado/g1Na terça-feira (23), o Governo do Estado do Amapá fez a cerimônia que repassou o controle da CEA para o grupo Equatorial Energia, o vencedor do leilão realizado em junho pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).A empresa assume oficialmente nesta quarta-feira as operações da distribuidora de energia, encerrando a transição da desestatização da Companhia.Controladora da distribuição de energia elétrica para o estado, a CEA existe há 65 anos. O novo investidor recebe a companhia em meio a uma intensa crise, com série de apagões. Por isso e também pelas dívidas acumuladas, o Ministério de Minas e Energia (MME) considerou essa uma das mais desafiadoras concessões.Sede da Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA), em MacapáCaio Coutinho/G1O grupo Equatorial Energia atende a distribuição de mais de 20% de todo o território nacional, e possui representações nos estados do Maranhão, Pará, Alagoas, Piauí e no Rio Grande do Sul. No Amapá a concessão é pelo período de 30 anos - até o ano de 2051. Nesse período, o grupo deve aplicar mais de R$ 3 bilhões para melhorar a prestação dos serviços.A privatização da CEA integra o Programa de Parcerias e Investimentos (PPI) é uma iniciativa do Governo Federal que busca reaquecer a economia e estimular a geração de empregos através da concessão de serviços.ApagãoAmapá viveu apagão por mais de 20 dias em novembro de 2020Jornal Nacional/ReproduçãoO apagão aconteceu durante uma tempestade na subestação da Linhas de Macapá Transmissora de Energia (LMTE), empresa privada responsável pelo serviço. O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) descreveu que encontrou uma série de falhas em usinas, na rede de distribuição e Subestação Macapá, que é a principal do estado.Veja a cronologia da crise de energia elétricaTSE adiou eleições municipais em Macapá por causa do blecaute3 diretores de empresa são indiciados pela PF por transformador reserva sem manutenção por um anoONS elenca série de falhas que resultaram no apagão no Amapá: "contingência múltipla"Segundo o relatório do ONS, na noite do dia 3 houve um curto-circuito, seguido de explosão e de incêndio num primeiro transformador, o que sobrecarregou o segundo equipamento. O problema foi que, segundo o ONS, não havia um transformador de "backup", que estava em manutenção há quase um ano.Em julho deste ano, a Polícia Federal concluiu o inquérito do caso e indiciou três diretores da LMTE. "A responsabilização foi em função do artigo 265 do Código Penal Brasileiro, devido ao transformador reserva (backup) que ficou sem manutenção por um ano", publicou a PF.Antes disso, em fevereiro, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou que multou a concessionária LMTE em R$ 3,6 milhões. Em contrapartida, a empresa declarou que o apagão foi um "conjunto de fatores".Apagão no Amapá: investigação em transformador incendiadoJNVeja o plantão de últimas notícias do G1 AmapáAssista a vídeos do apagão no Amapá:Relembre as edições do podcast "O Assunto" dedicadas ao apagão
Apagão no Amapá: um ano após energia restabelecida, distribuição passa à iniciativa privada
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- 06:34:01
- 24/11/2021
Fonte: G1
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