Braço direito de Aras, Lindôra Araújo é nomeada vice-procuradora-geral da República

Braço direito de Aras, Lindôra Araújo é nomeada vice-procuradora-geral da República
Subprocuradora substitui Humberto Jacques de Medeiros, que deixou o cargo por motivos pessoais. Procuradora da República Lindôra Maria Araújo, em imagem de arquivo

Gil Ferreira/Agência CNJ

O procurador-geral da República, Augusto Aras, nomeou nesta segunda-feira (4) a subprocuradora geral da República Lindôra Araújo para o cargo de vice-procuradora-geral da República. Ela substituirá Humberto Jacques de Medeiros.

Em julho de 2021, Aras já havia determinado que a subprocuradora fosse designada como sua substituta na ausência ou impedimento de Jacques, ou do vice-procurador-geral eleitoral.

O vice-procurador-geral da República é o segundo posto na hierarquia da PGR. Ele é escolhido pelo procurador-geral da República entre os integrantes de carreira maiores de 35 anos.

Lindôra Araújo é subprocuradora-geral da República e, atualmente, coordena a Assessoria Jurídica Criminal da PGR, que atua no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e no Supremo Tribunal Federal (STF).

A portaria com a nomeação de Lindôra foi assinada por Aras e ainda será publicada no Diário Oficial da União (DOU).

Jacques de Medeiros

Jacques de Medeiros pediu para deixar o cargo por motivos pessoais. No início do mandato de Aras, ele ocupava o posto de vice-procurador geral eleitoral. Em março de 2020, ele passou a ocupar o posto de vice-procurador da República.

Segundo a assessoria do Ministério Público Federal, Jacques ainda contribuirá com a gestão durante o período de transição.

Polêmicas

A nova vice-procuradora-geral da República já protagonizou algumas polêmicas.

Em janeiro de 2020, Aras anunciou Lindôra para o cargo de coordenadora da Lava Jato na PGR. Em junho do mesmo ano, segundo o relato de procuradores, Lindôra buscou acesso a procedimentos e bases de dados da força-tarefa “sem prestar informações” sobre a existência de um processo formal no qual o pedido se baseava ou o objetivo pretendido.

A ação motivou procuradores da força-tarefa da Operação Lava Jato no Paraná a acionarem a Corregedoria do Ministério Público Federal. Além disso, quatro dos sete procuradores que integravam a Lava Jato na PGR decidiram deixar o grupo por divergências com a procuradora.

Outra polêmica aconteceu em agosto do ano passado quando Lindôra rejeitou dois pedidos para investigar o presidente Jair Bolsonaro por não usar máscara. Na ocasião, a então subprocuradora refutou efetividade do equipamento de proteção individual e disse que Bolsonaro não estava doente.

Subprocuradora-geral da República contraria o consenso científico sobre a eficácia do uso de máscaras como proteção contra a Covid

VÍDEOS: notícias sobre política