Agência da ONU conclui que jornalista da Al Jazeera foi morta por forças de Israel

Agência da ONU conclui que jornalista da Al Jazeera foi morta por forças de Israel
Shireen Abu Akleh, repórter palestino-americana que cobria o conflito na Csijordânia, foi baleada no rosto enquanto acompanhava ação de soldados no local em maio deste ano. Morte, registrada em vídeo, gerou grande revolta e repercussão. Caso foi levado ao Tribunal Internacional de Haia. Ataque de Israel na Cisjordânia mata jornalista da 'Al Jazeera'

Uma investigação feita pela agência de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) concluiu nesta sexta-feira (24) que os tiros disparados contra a jornalista palestina Shireen Abu Akleh, da rede "Al Jazeera", partiram de forças israelense.

Abu Akleh era uma das repórteres mais experientes na cobertura do conflito entre israelenses e palestinos e morreu durante uma ação de Israel na Csijordânia. O momento foi gravado em vídeo e mostra que apenas Akleh, que usava colete de identificação da imprensa e capacete e estava protegida por um muro em uma rua, é atingida.

Dias depois, outro vídeo obtido pela rede americana "CNN" e analisado por especialistas a pedido do canal revelaram que o tiro que atingiu a jornalista partiu da mesma distância da qual forças israelenses se encontravam do grupo que acompanhava Shirleen em uma reportagem - não havia um confronto no momento.

Tel Aviv nega que os tiros tenham partido de suas forças.

"É profundamente perturbador que as autoridades israelenses não tenham conduzido uma investigação criminal sobre o caso", afirmou a porta-voz da agência da ONU, Ravina Shamdasani, em Genebra, na Suíça.

Jornalista morta na Cisjordânia era palestina com nacionalidade americana e uma das principais repórteres da 'Al Jazeera'