VIOLÊNCIA SEXUAL no arquipélago do Marajó - Diálogos pela infância e adolescência marajoara
Nesta primeira parte, reproduzimos vídeo produzido pela ONG Rádio Margarida e publicado há dez meses.
Para falar sobre a Ilha do Marajó é preciso conhecimento real. O desconhecimento tem feito aproveitadores famosos ou não, tentarem se apossar de narrativas que tendem a desacreditar a realidade do terror que se abate sobre crianças e jovens da região ao longo de décadas, sem deixar de lado a questão que resvala aos costumes considerados culturais dos povos indígenas e caboclos ribeirinhos.
O Arquipélago do Marajó, no Estado do Pará, tem aproximadamente 50 mil quilômetros quadrados de área e é formado por 16 municípios: Soure, Curralinho, Afuá, Gurupá, Salvaterra, Ponta de Pedras, Anajás, Santa Cruz do Arari, Muaná, Chaves, São Sebastião da Boa Vista, Portel, Cachoeira do Arari, Breves, Melgaço e Bagre. Toda esta região é "apenas uma ilha" no imaginário dos ignorantes.
Entretanto, o quadro redescoberto a partir das palavras ex-ministra Damares, não é restrito à ilha do Marajó. Vai mito além do arquipélago. Os crimes em todas as formas comentados são praticados em todas as regiões Norte e Nordeste. Só não vemos (ou colocamos na invisibilidade) porque assim é mais cômodo para a sociedade que, vez por outra, como agora, envereda temporariamente pelo assunto por vários interesses pessoais a cuja maioria não interessa investigar, tornar público e punir culpados.
Nesta primeira parte, reproduzimos vídeo produzido pela ONG Rádio Margarida, com sede em Belém (Pará) e publicado há dez meses.
LINK ORIGINAL DO VÍDEO (esperamos que ainda não tenha sido retirado da web) Por precaução, temos uma cópia.