IBGE É OBRIGADO A FAZER PARCERIAS PARA OBTER INFORMAÇÕES PARA O CENSO DE MORADORES DE FAVELAS

O crime organizado estaria controlando até as informações que devem ser obtidas pelo IBGE nas favelas brasileiras onde os recensaodores estão proibidos de entrar.

IBGE com dificuldades para fazer o censo nas favelas. (FOTO: Reprodução da Internet).

IBGE com dificuldades para fazer o censo nas favelas. (FOTO: Reprodução da Internet).

BRASÍLIA - O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) tem feito parceria com instituições para tentar obter mais respostas do Censo Demográfico de 2022. A taxa de não resposta em favelas e comunidades é alta no Rio de Janeiro, por exemplo, onde é de quase 10%.

Por causa disso, o IBGE fez uma parceria com o Instituto Pereira Passos, ligado à Prefeitura do Rio, e com a Central Única das Favelas (CUFA). São órgãos mais acostumados a lidar com as populações que vivem nas favelas. A expectativa é de concluir o Censo 2022 em abril.

Os dados do último Censo são de 2010 e, com a pandemia, a atual pesquisa tem sido atrasada e só pôde ser reiniciada no final de 2022. De acordo com o IBGE, os dados preliminares apontam que o Brasil tem 11.403 favelas, onde vivem 16 milhões de pessoas. O número representa um salto em relação com o Censo de 2010, que apontava para 11,4 milhões de pessoas que vivem em favelas e comunidades.

A favela mais populosa, de acordo com o IBGE, seria a Comunidade Sol Nascente, em Brasília, onde vivem cerca de 88 mil pessoas. A favela da Rocinha, que já foi a maior do país, agora ocupa a segunda colocação com cerca de 67 mil pessoas.