Audiência discute projeto que incluía municípios na área da Sudene

Operários trabalham na construção de uma ponte. Ao fundo um guindaste movimenta uma enorme peça de concretoSudene financia projetos de desenvolvimento; acima obra em Uberaba (MG)

A Comissão de Legislação Participativa da Câmara dos Deputados discute nesta terça-feira (3) as consequências da aprovação do projeto que incluía 84 municípios de Minas Gerais e Espírito Santo na área de abrangência da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene).

A proposta, aprovada pela Câmara em 2017 e pelo Senado em maio deste ano, foi integralmente vetada pelo presidente Jair Bolsonaro.

Ele argumentou que a proposta ampliaria as despesas da Sudene e os incentivos fiscais sem apresentar estimativas de impacto orçamentário-financeiro ou medidas de compensação, como determina a legislação.

A Sudene dispõe de recursos do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE) e do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) para projetos de desenvolvimento regional.

O veto ainda será analisado pelo Congresso Nacional. Para derrubar um veto presidencial são necessários, no mínimo, 257 votos na Câmara dos Deputados e 41 no Senado. Um veto mantido pela casa legislativa de origem não precisa ser analisado pela outra.

Debatedores
Foram convidados para discutir o assunto, entre outros:
- o superintendente da Sudene, Evaldo Cavalcanti da Cruz Neto;
- o presidente da Associação dos Municípios da Microrregião do Leste de Minas (Assoleste), Romilson Alves;
- o presidente da Associação dos Municípios da Microrregião do Vale do Rio Doce/MG (Ardoce), Diogo Scarabelli Júnior;
- além de prefeitos de diversas cidades mineiras.

O debate foi proposto pelo deputado Leonardo Monteiro (PT-MG) e está marcado para as 16 horas, no plenário 5. Os interessados poderão acompanhar a audiência pelo portal e-Democracia, inclusive enviando perguntas, críticas e sugestões aos deputados.