Após uma semana, servidores da educação continuam com atividades paralisadas em escolas de Rio Branco

Após uma semana, servidores da educação continuam com atividades paralisadas em escolas de Rio Branco
Categoria paralisou aulas na quinta-feira (29) em protesto por reposição inflacionária e continuam nas escolas, mas com atividades paralisadas. Professores estão com atividades paralisadas em protesto por reposição inflacionária

Quésia Melo/Rede Amazônica Acre

Os servidores da rede municipal da educação continuam com as atividades paralisadas nesta terça-feira (3) depois de uma semana tentando negociar com a prefeitura a reposição inflacionária dos salários e o piso para o salário mínimo.

Além disso, os profissionais de educação municipal também pedem auxílio com internet e computadores para as aulas remotas e que as escolas sejam equipadas para garantir a segurança nesse período de pandemia, antes de voltarem presencialmente.

"Os trabalhadores resolveram suspender todos os serviços. Vão para escola, mas não vão trabalhar e na quinta-feira [5] faremos uma atividade e pode ser que se decida pela greve porque, até hoje, não entregaram internet, nem notebooks e os funcionários de escola continuam trabalhando e não tem os EPIs de trabalho e recebem abaixo do salário mínimo", disse a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (Sinteac), Rosana Nascimento.

Na última terça-feira (27), os professores da rede municipal chegaram a fazer um protesto em frente à prefeitura, pedindo uma resposta do executivo sobre as reivindicações.

Na quinta-feira (29), mais de 50 escolas ficaram sem aulas devido à paralisação dos professores. Rosana disse ainda que após a reunião que tiveram na semana passada, a prefeitura informou que não poderia fazer a correção inflacionária devido a lei de socorro aos estados do governo federal, sancionada no ano passado que proíbe os reajustes até dezembro de 2021.

"E eles resolveram que só vão trabalhar depois que receberem os EPIs. A procuradoria decidiu que não pode fazer esta reposição inflacionária, mas nós discordamos porque em outros estados fizeram", argumentou.

Nessa segunda-feira (2), sindicatos e prefeitura participaram de uma nova reunião, mas não chegaram em um acordo. O João Lima, diretor de Gestão Administrativa da Secretaria Municipal de Educação (Seme), confirmou que o prefeito tem a intenção de fazer a correção inflacionária, mas apenas no próximo ano.

"Foi feito um pacto federativo para que o poder público federal socorresse os estados e municípios, mas em contrapartida, os municípios e estados não poderiam dar aumentos de espécie alguma. O prefeito vai dar essa reposição quando for possível, quando finalizar a legislação dia 31 de dezembro. A intenção é a partir de 1º de janeiro dar esse aumento", explicou Lima.

Já os materiais pedidos devem ser entregues em um período de pelo menos dois meses. "Iniciamos o processo de licitação e o processo segue o rito de cotação de preços e levar a CPL e todo esse processo deve durar dois meses que é o tempo para compra de qualquer material."

Assim como na rede estadual, as aulas presenciais – com modelo híbrido - devem ser retomadas nas escolas públicas de Rio Branco na primeira quinzena de setembro, com o início do segundo semestre do ano letivo.

Atualmente, as escolas da rede municipal estão concluindo o primeiro bimestre do ano letivo 2021. O ano letivo 2020 foi concluído somente no mês de abril deste ano.

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