Presidente da Coreia do Sul sugere banir consumo de carne de cachorro

Presidente da Coreia do Sul sugere banir consumo de carne de cachorro
Tradição vem se tornando obsoleta no país, mas ainda ocorre em algumas partes da península. Presidente sul-coreano Moon Jae-in e primeira-dama Kim Jeong-sook brincam com cachorros em foto de 2018

Cortesia/Presidência da Coreia do Sul

O presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, sugeriu nesta segunda-feira (27) que poderá banir consumo de carne de cachorro no país.

A tradição vem se tornando obsoleta, mas ainda ocorre em algumas partes da península, principalmente entre a população mais idosa.

A informação foi divulgada pela porta-voz da presidência, Park Kyung-mee, ao ler um comunicado divulgado após uma reunião de Moon com o premiê sul-coreano Kim Boo-kyum.

Durante o encontro, os líderes apresentaram propostas de diversas medidas estudadas para tratar do abandono de animais domésticos no país.

Essa foi a primeira vez que Moon sinalizou, de forma bastante clara, a intenção em proibir o consumo de carne deste animal na Coreia do Sul.

A prática é bastante criticada pela comunidade internacional e tem repercutido dentro do país com o aumento do número de pets e de grupos de proteção animal.

Além disso, o assunto tem atraído a atenção de eleitores e tem repercutido entre os presidenciáveis para o pleito de 2022, quando a Coreia do Sul elege seus próximos representantes.

Lee Jae-myung, principal opositor do governo de Moon, já afirmou que irá abrir um plebiscito para decidir sobre a proibição do consumo de carne de cachorro no país.

Já outro adversário do presidente, Yoon Seok-youl, afirmou que esta decisão "é um assunto de decisão pessoal".

Uma pesquisa encomendada pela Aware, grupo de proteção animal, mostrou que 78% dos sul-coreanos são favoráveis à proibição do comércio de carne de cachorros e gatos – 49% apoiam a proibição total do consumo.

Já um outro estudo encabeçado pela empresa Realmeter apontou que o país ainda está bastante dividido sobre o poder do governo neste banimento, ainda que 59% dos entrevistados apoiem restrições legais para o consumo de carne de cachorros.

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