Repórter de TV se demite após emissora exigir vacina contra Covid nos EUA

Repórter de TV se demite após emissora exigir vacina contra Covid nos EUA
Allison Williams cobria jogos de futebol americano universitário e basquete pela ESPN há dez anos; empresa faz parte do grupo Disney, que exige que funcionários estejam imunizados até 22 de outubro. 'Não posso colocar um cheque de pagamento acima do princípio', escreveu jornalista. Allison Williams era repórter de campo em jogos de futebol americano e basquete universitário da ESPN

Reprodução/Instagram/Allison Williams

Allison Williams, que durante dez foi anos repórter de campo em jogos de futebol americano universitário e basquete pela ESPN, anunciou neste fim de semana sua demissão por não concordar com a obrigatoriedade da vacina anti-Covid, uma exigência da emissora nos Estados Unidos.

No mês passado, a jornalista havia dito que não se vacinaria neste momento porque está tentando engravidar do segundo filho com seu marido.

As vacinas contra a Covid não são perigosas para gestantes ou mulheres com bebês recém-nascidos, e há inclusive registros de bebês que nascem com anticorpos para o coronavírus, filhos de mulheres vacinadas durante a gravidez.

"Perdi meu emprego de professor por recusar vacina": os americanos que não aceitam se imunizar

Os trabalhadores de saúde dispostos a perder emprego para não se vacinar nos EUA

EUA tornam obrigatórios vacinas ou testes regulares em empresas com mais de 100 funcionários

Em um post em redes sociais no fim de semana, Williams disse que “também não estou moral e eticamente alinhada com isso, e eu realmente tive que cavar fundo e analisar meus valores e minha moral e, no final das contas, eu tenho que colocá-los em primeiro lugar”.

“Eu não posso colocar um cheque de pagamento acima do princípio. Não vou sacrificar algo em que acredito e defendo com tanta força para manter uma carreira”, acrescentou.

Assim como as demais empresas do grupo Disney, a ESPN passará a exigir que todos os seus funcionários estejam completamente vacinados a partir do próximo dia 22.

Ainda assim, a emissora disse em comunicado que está analisando cada caso individualmente, em situações onde pessoas estão solicitando exceções. O pedido da repórter não foi considerado procedente.

Uma série de empresas privadas nos Estados Unidos estão exigindo que seus funcionários sejam vacinados contra a Covid-19 ou, em alguns casos, realizem teste semanais. Nos serviços públicos, vários setores tornaram a vacinação obrigatória, mas também lidam com funcionários que preferem se demitir.

Vídeos: Os mais assistidos do g1 nos últimos 7 dias