Diretor de esquete que satiriza políticos russos é processado e pode ser preso por 8 anos

Diretor de esquete que satiriza políticos russos é processado e pode ser preso por 8 anos
O diretor foi acusado de ter causado danos a um ponto de ônibus. Imagem do vídeo satírico russo Vitaly Nalivkin Evitou um Ato Terrorista

Reprodução/YouTube

Um cineasta da Rússia foi acusado de vandalismo nesta quarta-feira (24) e pode ser preso por até 8 anos por ter feito um vídeo no YouTube em que um personagem que representa um agente local de governo explode um ponto de ônibus acidentalmente.

O vídeo chama-se Vitaly Nalivkin Evitou um Ato Terrorista, e foi assistido 1,8 milhão de vezes.

O agente tenta destruir uma mala suspeita em um ponto de ônibus com uma granada lançada com um disparador de ombro. No fim, revela-se que a mala tinha cenouras.

Andrei Klochkov, que dirigiu o vídeo, foi acusado pela polícia. Se ele for condenado, a pena será de 5 a 8 anos.

Um outro membro da equipe que fez o vídeo foi declarado suspeito.

Há duas semanas, um secretário da região de Ussuiriyk disse que a gravação danificou o ponto de ônibus.

O advogado que defende o diretor disse que os motivos para o caso são completamente ridículos. Ele afirmou que os atores, de um grupo conhecido como Barakuda, usaram fogos de artifício comprados legalmente, que não são explosivos, e um inspetor do governo local certificou que não houve danos reais.

Em nota no Instagram, o conjunto disse que a filmagem já aconteceu há um mês e meio, antes que "a tropa de choque entrasse, nos colocasse com o rosto no chão e confiscasse todo o equipamento".

Eles pediram doações ao público para cobrir os custos legais.

A atriz Larisa Krivonosova, que faz uma paródia de uma porta-voz do Ministério do Interior no vídeo, foi presa por três meses em outubro por violar as restrições a uma outra acusação.

Veja abaixo um vídeo de 2014 sobre a prisão das integrantes do conjunto Pussy Riot na Rússia.

Integrantes da banda Pussy Riot passam dez horas em delegacia na Rússia

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