BR-317: Rodovia que liga o Acre à Interoceânica tem buracos, desvios e trechos críticos

BR-317: Rodovia que liga o Acre à Interoceânica tem buracos, desvios e trechos críticos
Equipe de Reportagem percorreu a BR-317 para mostrar dificuldades enfrentadas pelos motoristas ao longo da rodovia. Amazônia Que Eu Quero: Reportagem mostra a trafegabilidade da BR-317

Trechos críticos, desvios, buracos, equipes trabalhando na manutenção. Esses são alguns dos problemas que obrigam o motorista a reduzir a velocidade e dirigir com muita cautela na BR-317. A rodovia é responsável por integrar o Acre à rota Interoceânica, que passa pela capital, Rio Branco, e outras cinco cidades.

A Estrada do Pacífico, a Via Interoceânica, começa em Porto Velho (RO) pela BR-364 e segue no Acre pela BR-317, passando pelas cidades de Rio Branco, Senador Guiomard, Capixaba, Xapuri, Epitaciolândia, Brasileia e Assis Brasil, município acreano que faz fronteira com o Peru e a Bolívia – a chamada tríplice fronteira.

Em maio foi inaugurada a Ponte do Abunã, no Rio Madeira, o que deixou o Acre integrado com os demais estados brasileiros e com mais possibilidades de exportação dos alimentos e produtos acreanos. A integração reduziu o tempo de transporte, custos e fortaleceu a exportação do estado acreano para os países andinos e a Ásia pela Estrada do Pacífico, que liga o Brasil ao sul do Peru.

Uma equipe da Rede Amazônica Acre fez o percurso da rodovia até Assis Brasil, interior do estado, para mostrar a trafegabilidade da rota. Ter uma rodovia em boas condições é importante para que o acreano exporte seus produtos.

Estrada tem equipes trabalhando em manutenção e desvios

Reprodução/Rede Amazônica Acre

Trafegabilidade

Ao longo da estrada foram encontradas plantações de soja, milho e um dos seis silos graneleiros que foram implantados no estado para secagem e estocagem da produção agrícola.

Durante o percurso também são encontrados trechos que já passaram por obras do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit) e foram recapeados. Já em um ponto entre os municípios de Capixaba e Xapuri parte da estrada desabou e o risco é grande para os motoristas que precisam reduzir a velocidade ao passar pelo local onde foi feito um desvio.

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O departamento disse que nos últimos dois anos foram restaurados 52 quilômetros da BR-317. A autarquia também mantém ao longo de toda a rodovia equipes de manutenção e conservação rotineira.

Foram encontradas uma das equipes fazendo trabalhos de aterro na rodovia, próximo da cidade de Xapuri, já que no local existe um açude que acaba provocando erosões.

O Dnit disse também que já fizeram a contratação de uma empresa que iniciou a operação tapa buracos para zerar os buracos entre os quilômetros 196 e 292 da BR-317, trecho que fica entre Xapuri e Epitaciolândia.

BR tem trechos críticos que exigem atenção e cuidado do motorista

Reprodução/Rede Amazônica Acre

Desvio e investimentos

Próximo ao município de Epitaciolândia, a equipe de reportagem encontrou um dos piores pontos da estrada, onde foi necessário fazer um desvio. O trecho rompeu em março desse ano. Em reposta, o Dnit afirmou que já fez a licitação e contratou uma empresa que fez o desvio e sinalização da área. A conclusão desse trecho só deve ser feita no período de estiagem do ano que vem.

Este ano o Dnit disse que os investimentos realizados pelo departamento nos mais de 1,2 mil quilômetros da malha rodoviária federal do Acre ultrapassa R$ 120 milhões. O órgão deve continuar com os investimentos para garantir a segurança dos motoristas e, principalmente, do transporte de carga.

Enquanto isso, quem passa pela rodovia enfrenta trechos críticos com erosão, desvios e equipes trabalhando na manutenção.

A reportagem integra a plataforma Amazônia Que Eu Quero, uma iniciativa da Fundação Rede Amazônica e das empresas do Grupo.

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