Vontade da Ucrânia de recuperar a Crimeia é uma ameaça direita à Rússia, afirma governo russo

Vontade da Ucrânia de recuperar a Crimeia é uma ameaça direita à Rússia, afirma governo russo
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, declarou na quarta-feira que a "libertação" da Crimeia era um "objetivo" e uma "filosofia" nacional. Imagem de 2019 mostra apoiadores de partidos e movimentos nacionalistas e veteranos de conflitos entre forças do governo e separatistas pró-Rússia no leste da Ucrânia participam de uma manifestação no centro de Kiev

Genya Savilov/AFP

O governo da Rússia afirmou nesta quinta-feira (2) que a vontade da Ucrânia de recuperar a Crimeia - anexada por Moscou em 2014 - constitui uma "ameaça direta" para a Rússia.

"Consideramos isto uma ameaça direta à Rússia", afirmou o porta-voz do governo da Rússia, Dmitri Peskov, no momento em que os países ocidentais aliados de Kiev advertem que pode acontecer uma invasão russa iminente ao território da Ucrânia.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, declarou na quarta-feira que a "libertação" da Crimeia era um "objetivo" e uma "filosofia" nacional.

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Seu discurso, no entanto, foi uma referência ao esforço no plano diplomático e não de uma intervenção militar militar.

"Uma declaração deste tipo implica que o regime de Kiev tem a intenção de usar todos os meios - incluindo a força - para invadir este território russo", disse Peskov.

O porta-voz russo denunciou uma "retórica agressiva" das autoridades ucranianas e disse temer uma operação militar de Kiev no leste do país.

O exército ucraniano combate nesta região separatistas pró-Rússia desde 2014, um conflito que provocou mais de 13 mil mortes. Os confrontos diminuíram consideravelmente desde os acordos de paz de 2015, mas há focos de violência recorrentes.

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