Suécia processa mulher por empregar filho de 12 anos como criança-soldado no Estado Islâmico

Suécia processa mulher por empregar filho de 12 anos como criança-soldado no Estado Islâmico
A acusada se mudou para a Síria em 2013 e permitiu o recrutamento e o uso de seu filho, então com 12 anos, em confrontos. O garoto morreu em 2017, em circunstâncias não especificadas. Imagem de julho de 2014 mostra bandeira do Estado Islâmico estendida sobre Rawa, recapturada pela coalizão, segundo o Iraque

AP Photo

Uma mulher será julgada na Suécia sob a acusação de crime de guerra agravado e de violação do direito internacional, por ter incitado seu filho caçula a se tornar uma criança-soldado do grupo do Estado Islâmico na Síria, anunciou a Promotoria nesta terça-feira (4).

A nacionalidade e a identidade da mulher de 49 anos não foram especificadas.

Segundo a acusação, ela partiu para a Síria em 2013 e permitiu o recrutamento e o uso de seu filho, então com 12 anos, em confrontos. O garoto morreu em 2017, em circunstâncias não especificadas.

Veja abaixo uma reportagem de 2019 sobre o documentário Aliados, que mostra o final da guerra contra o Estado Islâmico.

Documentário "Aliados" mostra final da guerra contra Estado Islâmico

Este é o primeiro julgamento iniciado no país por crimes de guerra relacionados ao uso de uma criança-soldado, afirmou o Ministério Público.

"Suspeita-se de que, entre 1º de agosto de 2013 e 27 de maio de 2016, data em que o jovem completou 15 anos, esta mãe foi responsável pelo recrutamento e uso contínuo de seu filho na Síria para participar diretamente das hostilidades de grupos armados, incluindo a organização terrorista Estado Islâmico", acrescentou a Promotoria em um comunicado.

Segundo provas da investigação, "durante o período em que viveu em sua casa, o filho foi educado e treinado para participar das hostilidades, equipado com material e armas militares, usados em combate, e também para fins de propaganda e em outras missões que fazem parte do esforço de guerra", relatou a promotora Reena Devgun.

A mulher, que voltou para a Suécia em 2020, nega as acusações, segundo a imprensa local.

Ao partir para a Síria, a ré levou seus cinco filhos com ela, de acordo com a televisão pública SVT.

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