Monstro marinho da URSS: conheça o veículo projetado para matar, mas que se tornou um "salvador"

Monstro marinho da URSS: conheça o veículo projetado para matar, mas que se tornou um
Irmão gêmeo do "Monstro do Mar Cáspio" teve uma história diferente diferente, mas o mesmo destino final: o abandono após a dissolução do bloco soviético. Ecranoplano em foto sem data

Vincent Rollet/CC BY-NC-ND 2.0

Um veículo de fabricação soviética ganhou manchetes recentemente quando um blogueiro o fotografou encalhado na costa do Mar Cáspio.

A máquina de guerra projetada para atravessar as águas e aniquilar as forças inimigas foi descartada para sempre quando a União Soviética entrou em colapso em 1991.

Acontece que há outro exemplar dessa raça quase extinta em outra cidade, Níjni Novgorod, às margens do rio Volga.

Este veículo conhecido como ecranoplano (classe de aeronaves pesadas com características peculiares) é quase idêntico ao monstro do Mar Cáspio, também conhecido como “Lun”.

Assim seu irmão gêmeo de Derbent, o barco alado de Níjni Novgorod foi projetado para aniquilar forças hostis sobrevoando rapidamente um corpo de água, devido à pressão criada pelas asas gigantescas sob seu corpo.

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No entanto, ao contrário do “Lun”, esse modelo deixou de ser uma máquina de guerra para se tornar um veículo de emergência para salvamentos e recebeu o nome “Spasatel” (resgatador).

“Inicialmente, era o mesmo modelo, mas eles não tiveram tempo de concluí-lo e decidiram convertê-lo em um barco civil", explica Tatiana Alekséieva, engenheira que participou da construção dos dois veículos na década de 1980.

"Foi assim que a embarcação se tornou um grande hospital. Tinha 150 leitos e, se necessário, podia transportar 500 pessoas por vez."

Comparado ao “Lun”, o “Spasatel” pode parecer menos intimidador, pois não possui mísseis de cruzeiro antinavio, que foram aposentados após a conversão do barco para fins civis.

No entanto, os dois são comparáveis ??em tamanho. O “Spasatel” tem 93 metros de comprimento e uma envergadura de 44 metros.

Ele era capaz de atingir uma velocidade de cruzeiro de 550 km/h – inigualável para qualquer outro navio pesado da época.

Mas também sendo abandonado no momento da dissolução da União Soviética.

Atualmente encontra-se ao lado de uma fábrica em Níjni Novgorod, atraindo blogueiros e fotógrafos como um exemplar único das aspirações de engenharia soviética nunca realizadas.