Meta pagará US$ 90 milhões em processo de privacidade por rastrear usuários do Facebook

Meta pagará US$ 90 milhões em processo de privacidade por rastrear usuários do Facebook
Proposta de acordo nos EUA, que ainda requer aprovação de juiz, exige que empresa exclua dados coletados indevidamente. Novo logo da empresa Facebook, agora chamada de Meta.

Justin Sullivan / Getty Images North America / Getty Images via AFP

A Meta, controladora do Facebook, concordou em pagar US$ 90 milhões para encerrar um processo de privacidade que acusa a rede social de rastrear a atividade dos usuários na internet, mesmo quando estão desconectados.

O processo foi movido por usuários dos EUA, em 2012.

A proposta de acordo preliminar foi apresentada na segunda-feira (14) no Tribunal Distrital de San Jose, Califórnia, e requer a aprovação de um juiz, diz a agência de notícias Reuters.

O acordo também exige que o Facebook exclua dados coletados indevidamente.

Os usuários acusaram a rede social de violar leis federais e estaduais americanas de privacidade e escutas telefônicas, ao usar plugins para armazenar cookies que rastreavam visitas a sites externos contendo botões de "curtir" do Facebook.

Facebook perdeu usuários ativos diários pela 1º vez em fevereiro

Entenda: O que é usuário ativo diário e por que sua queda ajudou em tombo da rede social

O Facebook, então, teria compilado os históricos de navegaçãao dos usuários em perfis que vendeu aos anunciantes.

O caso foi arquivado em 2017, mas reaberto em abril de 2020 por um tribunal federal de apelações, que disse que os usuários poderiam tentar provar que a empresa lucrou injustamente e violou privacidade.

A empresa negou irregularidades, mas fez um acordo para evitar os custos e riscos de um julgamento, de acordo com documentos do acordo.

O acordo "é do melhor interesse de nossa comunidade e de nossos acionistas e estamos felizes em superar essa questão", disse o porta-voz da Meta, Drew Pusateri.

O acordo abrange usuários do Facebook nos EUA que, entre abril de 2010 e setembro de 2011, visitaram sites que não eram do Facebook e que exibiam o botão "curtir" do Facebook.

Os advogados planejam buscar honorários de até US$ 26,1 milhões. O processo começou em fevereiro de 2012.