Conflito armado entre garimpeiros e indígenas deixa feridos na Terra Yanomami

Conflito armado entre garimpeiros e indígenas deixa feridos na Terra Yanomami
Relatório da Funai cita que garimpeiros em barco atiraram contra indígenas da comunidade Palimiu, na Terra Indígena Yanomami. Um conflito armado na Terra Indígena Yanomami deixou feridos na manhã desta segunda-feira (10), em Roraima. Relatório da Fundação Nacional do Índio (Funai) informa que sete barcos de garimpeiros portando armas de fogo atiraram contra indígenas da comunidade Palimiu.

Os indígenas, conforme o relato, "revidaram o ataque, resultando em cinco feridos, sendo um indígena e quatro garimpeiros. Não foi possível colher maiores informações sobre o fato, contudo é possível afirmar que este não foi o primeiro conflito naquela região e os indígenas temem novos ataques."

O conflito foi por volta das 11h, cita o relatório assinado pela Elayne Rodrigues Maciel, chefe da Funai em Roraima.

Após o relato do conflito, o Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami (Dsei-Y) informou que vai retirar da região cinco servidores da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) .

"Ainda não sabemos o que de fato ocorreu e o que aconteceu, temos sim um pedido da equipe de saúde para serem retirados em ação de um possível conflito, dessa forma, o Presidente do Condisi, já está a caminho para entender a situação, juntamente com a retirada da equipe", informou o coordenador do Dsei-Y, Rômulo Pinheiro.

A Hutukara Associação Yanomami (HAY) também relatou em ofício o mesmo conflito. No documento, o órgão pede apoio da Polícia Federal, Ministério Público Federal, Exército e Funai para "impedir a continuidade da espiral de violência no local e garantir a segurança para a comunidade Yanomami de Palimiu".

Conforme a Hutukara, os garimpeiros deixaram a comunidade sob ameaças de que voltariam.

"Dada a gravidade dos fatos e o perigo iminente de novos conflitos, não será possível que a Funai diligencie até a comunidade para colher maiores informações sem que haja escolta das forças de segurança pública", cita outro trecho do relatório da Funai.

Procurado, o Exército informou, por meio da assessoria, que iria verificar a informação.