Biden comemora aprovação de juíza Jackson para Suprema Corte dos EUA como 'momento de mudança real'

Biden comemora aprovação de juíza Jackson para Suprema Corte dos EUA como 'momento de mudança real'
A indicação de uma mulher negra era uma promessa de campanha do presidente democrata – ela foi repetidamente atacada por republicanos que a acusaram de ser 'fraca no combate a crimes'. Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, abraça a juíza Ketanji Brown Jackson em evento na Casa Branca em 8 de abril de 2022

Kevin Lamarque/Reuters

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, comemorou nesta sexta-feira (8) a confirmação de sua indicada Ketanji Brown Jackson como a primeira mulher negra na Suprema Corte do país, o que ele chamou de "um momento de mudança real" na história norte-americana.

Jackson, uma juíza federal de apelações, foi confirmada para o cargo vitalício na quinta-feira pelo Senado, em uma votação com placar de 53 a 47, em um marco para os Estados Unidos e uma vitória política para o presidente democrata.

Jackson, de 51 anos, substituirá o juiz Stephen Breyer, de 83 anos, no bloco liberal de um tribunal que atualmente tem maioria conservadora de 6 a 3. Breyer deve se aposentar em junho.

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"Vamos olhar para trás e ver que este é um momento de mudança real na história americana", disse Biden em um evento no gramado sul da Casa Branca, sob um céu ensolarado, em um dia suave de primavera na capital norte-americana, com uma fileira de bandeiras dos EUA ao fundo.

Jackson, aplaudida de pé pelo público, agradeceu a Biden e disse que é "a maior honra" de sua vida estar ali após a confirmação. Jackson disse que ela tomará decisões de forma independente na Suprema Corte "sem medo ou favores", e com o olhar voltado para a manutenção do Estado de direito.

Vice-presidente americana Kamala Harris aplaude juíza Ketanji Brown Jackson em evento na Casa Branca em 8 de abril de 2022

Kevin Lamarque/Reuters

O cenário ao ar livre foi escolhido em parte como medida de segurança contra a Covid-19, disse a secretária de Imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, em meio a um aumento de casos na região de Washington e uma série de infecções confirmadas entre democratas do círculo de Biden.

As mulheres negras são uma importante parcela do eleitorado democrata e ajudaram a impulsionar Biden para a indicação presidencial do partido em 2020 com uma vitória nas primárias da Carolina do Sul.

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Biden prometera na campanha nomear uma mulher negra para a principal instância do Judiciário norte-americano. Entre todos os 115 juízes e juízas da Suprema Corte dos EUA até hoje, todos foram brancos, exceto três, sendo dois membros negros, incluindo o atual juiz Clarence Thomas, e uma hispânica, a atual juíza Sonia Sotomayor.

"Quando assumi o compromisso de nomear uma mulher negra para a Suprema Corte, pude ver este dia", disse Biden. "Pude ver este dia como um dia de esperança, um dia de promessa, um dia de progresso."