Alexanda Kotey, um dos 'beatles' do Estado Islâmico, pega prisão perpétua nos EUA

Alexanda Kotey, um dos 'beatles' do Estado Islâmico, pega prisão perpétua nos EUA
O apelido dos membros da célula foi dado por pessoas que foram feitas reféns. Como os quatro sequestradores cresceram em Londres, eles têm um forte sotaque britânico. Imagem de fevereiro de 2018 de Alexanda Kotey

Divulgação/Forças Democráticas da Síria/Reuters

Um dos membros de um grupo de quatro sequestradores do Estado Islâmico apelidados de "Beatles" foi condenado nesta sexta-feira (29) à prisão perpétua por um tribunal federal dos Estados Unidos.

O apelido dos membros da célula foi dado por pessoas que foram feitas reféns. Como os quatro sequestradores cresceram em Londres, eles têm um forte sotaque britânico.

Alexanda Kotey, um ex-cidadão britânico de 38 anos, se declarou culpado em setembro, admitindo a responsabilidade pela morte de 4 reféns americanos na Síria e pelo sequestro e tortura de cerca de 20 ocidentais durante o conflito bélico neste país.

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Outro membro dessa célula, El Shafee el-Sheikh, preso pelas forças curdas em 2018, foi condenado em abril após um julgamento exaustivo e será sentenciado nos próximos meses.

Os dois homens compareceram nesta sexta-feira a um tribunal de Alexandria, perto de Washington, onde os familiares de suas vítimas puderam pedir a palavra pela última vez.

"Sequestraram, torturaram e participaram do assassinato de pessoas boas e inocentes, e agora terão que viver com isso pelo resto de suas vidas", disse a britânica Bethany Haines, filha de uma das vítimas. O pai dela foi decapitado por um membro dos "Beatles".

Durante o tempo em que permaneceram na Síria, de 2012 a 2015, o trio supervisionou a detenção de pelo menos 27 jornalistas dos Estados Unidos, Reino Unido, França, Espanha, Itália, Alemanha, Dinamarca, Suécia, Bélgica, Japão, Nova Zelândia e Rússia.

Dez deles foram executados. Muitas vezes os jihadistas se vangloriaram das mortes em vídeos de propaganda do grupo Estado Islâmico.

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