Quem é Karine Jean-Pierre, a primeira porta-voz negra e LGBTQ+ da Casa Branca

Quem é Karine Jean-Pierre, a primeira porta-voz negra e LGBTQ+ da Casa Branca
Karine Jean-Pierre fará história ao substituir Jen Psaki como secretária de Imprensa. Nascida na Martinica e filha de pais haitianos, ela é colaboradora de longa data de Biden e trabalhou com a vice-presidente Harris. Karine Jean-Pierre é apresentada como a novoa secretária de imprensa da Casa Branca ao lado de sua antecessora Jen Psaki

Reuters/Kevin Lamarque

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou nesta quinta-feira (06/05) o nome de Karine Jean-Pierre como nova secretária de Imprensa da Casa Branca. Ela será a primeira mulher negra e abertamente LGBTQ+ a assumir o cargo.

Depois de atuar como vice-secretária de Imprensa, ela assume a posição de principal porta-voz do governo americano, substituindo Jen Psaki.

Em nota, o presidente elogiou a "experiência, talento e integridade" da nova secretária, e também enalteceu o trabalho de Psaki, que, segundo o comunicado, trouxe de volta a "decência, o respeito e o decoro à sala de imprensa da Casa Branca".

Jean-Pierre assumirá o cargo em 13 de maio, após a saída de sua antecessora, que deve ser contratada pela emissora americana de notícias MSNBC.

Em maio do ano passado, Jean-Pierre se tornou a primeira mulher LGBTQ+ e a segunda negra na história a conduzir uma coletiva de imprensa na Casa Branca.

Ela vem atuando como assessora sênior de comunicação na Casa Branca desde a posse de Biden, em janeiro de 2020. Anteriormente, ela era consultora de campanha e, mais tarde, chefe de gabinete da vice-presidente Kamala Harris.

Desde o governo de Barack Obama

Karine Jean-Pierre fala à imprensa na Casa Branca, em 18 de maio de 2022

Evelyn Hockstein/ Reuters

Jean-Pierre está familiarizada com a nova função, por ter estado ao lado de Psaki em diversas conferências de imprensa e após tê-la substituído pouco antes da viagem de quatro dias de Biden à Europa, após a invasão russa da Ucrânia, quando Psaki testou positivo para o coronavírus.

A Casa Branca afirmou que ela é uma colaboradora de Biden de longa data, com atuações em papéis políticos e de comunicação no governo e na campanha democrata à presidência, bem como quando ele era vice-presidente no governo de Barack Obama.

Antes de trabalhar na campanha de Biden e Harris, Jean-Pierre atuou como analista política das emissoras NBC e MSNBC, e assumiu diretorias de políticas regionais da Casa Branca durante o governo Obama, para quem também trabalhou durante a campanha à reeleição.

Da Martinica para a Casa Branca

Karine Jean-Pierre nasceu na Martinica, depois de seus pais fugirem do Haiti. Quando a filha tinha 5 anos, eles emigraram para Nova York, cidade em que ela cresceu. A nova porta-voz da Casa Branca é formada em Relações Públicas e Internacionais pela Universidade de Columbia.

Ela é abertamente lésbica e vive com a repórter da emissora CNN Suzanne Malveaux, e sua filha.

Após ser anunciada no cargo, Jean-Pierre disse que este é um momento histórico. "Entendo como isso é importante para tantas pessoas. São tantas as comunidades que eu represento", afirmou. "É uma honra e um privilégio estar atrás deste pódio."

Sua nomeação é mais um passo importante dado pelo governo Biden em prol da diversidade nos EUA, após a confirmação da juíza Ketanji Brown Jackson, de 51 anos, como magistrada da Suprema Corte. Ela se tornou a primeira mulher negra a ocupar o cargo na mais alta instância judicial do país em 232 anos de história.

Leia também:

Joe Biden nomeia a primeira mulher negra para o cargo de porta-voz da presidência dos EUA

Kamala Harris defende direito ao aborto e pressiona Corte Suprema dos EUA, que ameaça derrubar lei