Campanha sobre Constituição no Chile começa com apoio popular hesitante

Campanha sobre Constituição no Chile começa com apoio popular hesitante
Quase 80% dos chilenos votaram pela criação de uma nova Constituição em 2020, para substituir o texto que ainda é da ditadura de Augusto Pinochet, que acabou em 1990, mas o apoio à proposta tem caído há meses. O presidente do Chile, Gabriel Boric (ao centro), exibe a versão final da nova constituição do país junto com os membros da Constituinte, María Elisa Quinteros e Gaspar Domínguez, em Santiago

Luis Hidalgo / AP Photo

A campanha eleitoral para aprovar ou rejeitar a nova Constituição proposta do Chile começou oficialmente nesta quarta-feira (6), e figuras públicas e políticas importantes começaram a escolher lados em um momento em que o apoio público está hesitante.

O presidente Gabriel Boric expressou seu apoio pessoal à nova Constituição, dizendo que ela irá auxiliar sua ambiciosa agenda social e ambiental.

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O ator chileno-americano Pedro Pascal, da série "The Mandalorian", e que apoiou Boric durante as eleições, publicou uma foto no Twitter com a nova Constituição, expressando seu apoio.

Pedro Pascal em cena de 'The Mandalorian'

Divulgação

Políticos conservadores do Chile fizeram oposição ao novo texto desde o início, mas o ex-presidente socialista Ricardo Lagos proporcionou uma derrota à campanha pela aprovação na terça-feira, após publicar uma nota dizendo que tanto a Constituição nova quanto a atual estão longe de conseguir o apoio "da grande maioria dos cidadãos".

"O que aconteceu com Lagos é um fato tremendamente importante, quando o apoio à proposta já estava em queda", disse Kenneth Bunker, diretor da consultoria política Tresquintos. Bunker acrescenta que a posição de Lagos "abre a porta para que outras figuras da centro-esquerda se juntem".

A ex-presidente e atual alta-comissária de Direitos Humanos da ONU Michelle Bachelet já expressou anteriormente seu apoio, mas os membros de seu governo, incluindo o ex-ministro das Finanças, Andrés Velasco, se declararam contrários ao novo texto nesta quarta-feira.

Quase 80% dos chilenos votaram pela criação de uma nova Constituição em 2020, para substituir o texto que ainda é da ditadura de Augusto Pinochet, que acabou em 1990, mas o apoio à proposta tem caído há meses, em meio a polêmicas políticas em torno do processo.

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