Taiwan agradece aos EUA por manterem segurança no Estreito de Taiwan

Taiwan agradece aos EUA por manterem segurança no Estreito de Taiwan
O Ministério das Relações Exteriores do país relatou que treze aviões da força aérea chinesa invadiram a região, considerada uma barreira não oficial entre os dois países. Soldado vigia estreito de Taiwan, nas ilhas Matsu, as mais próximas do continente sob controle taiwanês

GETTY IMAGES/via BBC

TAIPÉ - O Ministério das Relações Exteriores de Taiwan expressou "sincera gratidão" neste sábado (13) aos Estados Unidos por terem tomado "ações concretas" para manter a segurança e a paz no Estreito de Taiwan. O Ministério relatou que treze aviões do exército chinês passaram pela região.

O coordenador norte-americano do Indo-Pacífico, Kurt Campbell, disse na sexta-feira (12) que a China “exagerou” em resposta à visita da presidente da Câmara dos Deputados dos EUA, Nancy Pelosi, a Taiwan, evento que desencadeou dias de tensão ao redor da ilha -- que a China vê como seu próprio território.

O Ministério das Relações Exteriores do país disse em comunicado que a "intimidação militar e econômica não provocada" da China "fortaleceu ainda mais a unidade e a resiliência do campo democrático global".

Entenda a importância de Taiwan

Em um comício neste sábado, no sul de Taiwan, para as eleições locais, que estão marcadas para o final de novembro, a presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, disse que não está apenas enfrentando candidatos rivais, “mas também a pressão da China”.

“Os taiwaneses são muito entusiasmados e amam a liberdade e a democracia, então muitos bons amigos internacionais vieram a Taiwan para nos apoiar. Isso é normal e bom, mas a China ameaça e intimida Taiwan”, disse ela.

A China continua sua atividade militar perto de Taiwan, embora em uma escala muito menor em comparação com a semana passada. O Estreito de Taiwan, cujo limite foi ultrapassado por treze aviões chineses, atua como uma fronteira não oficial entre os dois territórios.

Na terça (9), 16 aviões de guerra da China invadiram o espaço de defesa aérea de Taiwan. No mesmo dia, o governo taiwanês autorizou o início de exercícios militares com munição real, em resposta às ofensivas chinesas.