Entidade luta para que medição de glicose seja incorporada ao protocolo de atendimento do SUS

Entidade luta para que medição de glicose seja incorporada ao protocolo de atendimento do SUS
Estudo alerta: homens e mulheres cujo diabetes tipo 2 foi detectado até os 40 anos têm mais chances de desenvolver doença cardiovascular No fim do ano passado, 23 organizações que defendem os direitos dos diabéticos se juntaram na Coalizão Vozes do Advocacy em Diabetes e Obesidade. A entidade acaba de lançar a campanha “A prevenção salva vidas”, sobre a importância do diagnóstico precoce, e se empenha em coletar assinaturas numa petição cujo objetivo é tentar emplacar que o teste da ponta do dedo – que mede a glicose – seja incorporado ao protocolo de atendimento de urgências e emergências do SUS. Levantamento realizado em 30 países pela empresa de pesquisa Ipsos mostrou que, durante a pandemia, um em cada dois brasileiros engordou em média seis quilos. O excesso de peso é um dos principais fatores de risco para o diabetes tipo 2 e estima-se que, no país, 8 milhões de pessoas desconhecem que são portadoras da doença.

Teste da ponta do dedo, que mede a glicose: Coalizão Vozes do Advocacy em Diabetes e Obesidade faz campanha para que seja incorporado ao protocolo de atendimento do SUS

Tesa Robbins para Pixabay

Estudo realizado com 1.9 milhão de adultos, e divulgado na semana passada, trazia alerta preocupante: homens e mulheres cujo diabetes tipo 2 foi detectado até os 40 anos têm mais chances de desenvolver doença cardiovascular e morrer precocemente. Pesquisadores sul-coreanos compararam dados de 634 mil pacientes recém-diagnosticados com os de outros 1.2 milhão monitorados, em média, durante seis anos. Aprofundando a análise, o grupo no qual a enfermidade se manifestou cedo apresentou risco sete vezes maior de internação hospitalar por insuficiência cardíaca; e cinco vezes maior para doença cardiovascular e morte causada por esta condição, na comparação com a população saudável da mesma faixa etária.

O diabetes tipo 2 é a forma mais comum da doença e normalmente ocorre a partir da meia-idade ou na velhice. No entanto, o número de casos em adultos jovens vem aumentando globalmente. De acordo com os pesquisadores, esse grupo é o que tem o maior risco relativo de complicações, o que sugere que a enfermidade pode se manifestar de forma mais agressiva do que em idosos.

Campanha pelas ILPIS: a Frente-ILPI, grupo de apoio às instituições de longa permanência para idosos, fez um abaixo-assinado para tentar garantir que o custeio dessas entidades tenha participação tripartite, isto é, dos governos municipal, estadual e federal. O quadro atual é desafiador, já que somente as filantrópicas recebem repasse e o aumento dos custos pode levar a uma onda de demissões que vai impactar o atendimento dos idosos. O documento caminha para bater a marca de 30 mil assinaturas e pode ser acessado aqui.