Justiça suspende instalação de mineradora em Almas após Estado alegar possíveis danos ambientais

Justiça suspende instalação de mineradora em Almas após Estado alegar possíveis danos ambientais
Lançamento da pedra fundamental do projeto estava prevista para esta terça-feira (1º). Disputa é por uma área supostamente rica em ouro no sudeste do Tocantins. Mina ficaria em Almas, no sudeste do Tocantins

Divulgação

O presidente do Tribunal de Justiça do Tocantins, desembargador João Rigo Guimarães, decidiu suspender a decisão liminar da 1ª instância que permitia a instalação de uma mineradora em Almas, sudeste do estado. A decisão foi tomada após a Procuradoria-Geral do Estado, que representa o Governo do Tocantins em questões judiciais, alegar possíveis danos ambientais no projeto de uma nova mina de ouro.

"A autorização do início das obras de implantação do empreendimento destinado à exploração dos recursos minerais, sem a conclusão e instrução adequada do procedimento destinado à expedição do licenciamento ambiental, poderá ocasionar danos graves e irreversíveis ao meio ambiente local, com a destruição da flora, a degradação da paisagem, a poluição e contaminação dos recursos hídricos e do solo, além de danos à biodiversidade local", escreveu o desembargador na decisão.

A empresa alvo da ação é a Aura Minerals, que anteriormente se chamava Rio Novo Mineração Ltda. O lançamento da pedra fundamental do projeto estava previsto para esta terça-feira (1º).

A Aura Minerals convocou uma reunião para discutir o tema na noite desta segunda-feira (31) e definir sobre a continuidade ou não do evento. Até as 22h, a reunião ainda não havia terminado. O G1 aguarda um retorno da empresa com o posicionamento.

O local onde seria implementado o projeto é uma terra pública, que atualmente pertence a Agência Estadual de Mineração do Tocantins (Ameto) e que é alvo de litígio. Ao divulgar a instalação do empreendimento, a Aura Minerals vinha destacando o potencial do projeto gerar novos empregos. Pelos cálculos da empresa, seriam 700 empregos diretos e cerca de 3,9 mil indiretos em todo o projeto. O investimento previsto era de R$ 375 milhões.

A mineradora tem origem no Canadá e gestão brasileira. Atualmente desenvolve e opera projetos de ouro e cobre nas Américas.

Veja mais notícias da região no G1 Tocantins.