Povos tradicionais podem ser compensados por ações de preservação e cultivo sustentável

Povos tradicionais podem ser compensados por ações de preservação e cultivo sustentável
Ação integra o 'Floresta +' do Governo Federal. Secretaria de Meio Ambiente firmou parceria técnica para capacitar aptos a buscar recursos financeiros. Comunidades tradicionais da Amazônia podem ser beneficiadas

John Pacheco/G1

Produtores rurais, comunidades extrativistas, ribeirinhas, quilombolas e indígenas do Amapá estão entre os povos tradicionais que podem passar a receber incentivo financeiro pelas ações de cultivo e preservação sustentável desenvolvidas na região.

O benefício é concedido por meio do programa 'Floresta +', do Ministério do Meio Ambiente. O objetivo é firmar parcerias com órgãos e entidades públicas e privadas que mantêm práticas sustentáveis.

Para garantir o acesso aos recursos pelas comunidades locais, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) fechou a parceria técnica com o Ministério.

Nesta semana, o programa foi lançado para as comunidades durante a abertura da campanha Junho Verde, onde num encontro virtual, diversas entidades foram orientadas sobre a captação dos valores.

“Estamos formalizando a parceria com o programa 'Floresta +' por meio do acordo de cooperação técnica. Ele vai possibilitar a atuação do estado de forma a trazer benefícios para os produtores rurais e de comunidades tradicionais do Amapá", explicou Josiane Ferreira, titular da Sema.

Programa 'Floresta +' foi lançado em reunião virtual durante abertura da campanha Junho Verde

Reprodução

De acordo com a secretaria, o programa de pagamento por serviços ambientais abrange vários benefícios aos povos que cultivam de forma sustentável os locais onde vivem. Alguns deles são:

pagamentos diretos para pequeno sprodutores que conservam acima do mínimo exigido por lei;

recursos financeiros para projetos ligados a atividades de serviços ambientais nas comunidades;

recursos financeiros para inovação;

Estão entre os serviços que podem ser contemplados atividades de monitoramento, vigilância, combate a incêndio, pesquisa, plantio de árvores, inventário ambiental e sistemas agroflorestais que tragam resultados efetivos e relevantes para a melhoria, a conservação e a proteção da vegetação nativa.

O Ministério do Meio Ambiente divulgou que as novas alternativas de renda devem mudar o cenário das condições básicas de vida nessas comunidades, possibilitando aos povos o acesso a serviços de saúde, água potável, tratamento de esgoto e energia elétrica.

Com as mudanças, o órgão federal afirma que é possível frear práticas como desmatamento ilegal e poluição de rios, e aumentar o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) na Região Amazônica.

A coordenadora de Clima e Serviços Ambientais da Sema, Mariane Nardi, detalha que os trabalhadores rurais terão acesso ao benefício por meio de editais que devem ser divulgados pelo Ministério do Meio Ambiente. É necessário ainda que o interessado tenha Cadastro Ambiental Rural (CAR) regularizado.

Imagem da Floresta Nacional do Amapá

ICMBio/Divulgação

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