Secretário de Saúde do AM preso em operação que investiga contratação fraudulenta na pandemia pede exoneração

Secretário de Saúde do AM preso em operação que investiga contratação fraudulenta na pandemia pede exoneração
Campêlo deixou a unidade prisional na madrugada desta segunda-feira (7). Secretário Executivo de Controle Interno da SES, Silvio Romano, assume inteiramente a gestão da pasta. Marcellus Campêlo é o novo titular da Secretaria de Saúde do Amazonas.

Divulgação/Secom

O secretário de Saúde do Amazonas, Marcellus Campêlo, que foi preso na quarta fase da Operação Sangria, da Polícia Federal, que investiga se funcionários da secretaria da Saúde fizeram contratação fraudulenta para favorecer grupo de empresários locais para fazer um hospital de campanha, pediu exoneração do cargo nesta segunda-feira (7).

De acordo com a assessoria de comunicação da Secretaria, o secretário Executivo de Controle Interno da SES, Silvio Romano, assume inteiramente a gestão da pasta.

O governo informou ainda que Campêlo permanecerá como coordenador da Unidade Gestora de Projetos Especiais (UGPE), responsável pelo Programa Social e Ambiental dos Igarapés de Manaus (Prosamim), órgão no qual ele atua desde o início da atual gestão, em 2019.

Campêlo deixou a unidade prisional na madrugada desta segunda-feira (7), segundo a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), depois que o mandado de prisão temporária com duração de cinco dias expirou no domingo (6).

4ª fase da Operação Sangria

Além da prisão do secretário de saúde do Estado, Marcellus Campêlo e do empresário Nilton Costa Lins Júnior, também foram presos temporariamente durante a operação, Sérgio José Silva Chalub, Rafael Garcia da Silveira, Frank Andrey Gomes de Abreu, Carlos Henrique Alecrim John. As prisões ocorreram na quarta-feira (2).

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Durante cumprimentos de mandados de prisão, Nilton Costa Lins Junior, dono do Hospital Nilton Lins, atirou contra a Polícia Federal quando as equipes chegaram na casa dele. A defesa alegou que o alvo atirou por pensar que se tratava de um assalto, visto que já foi vítima de assalto dentro de casa.

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Na quarta fase da operação, a Polícia Federal também fez buscas na casa do governador do Amazonas, Wilson Lima, na sede do governo, no Hospital Nilton Lins, na Secretaria de Saúde e na casa de Campêlo. Há, ainda, autorização da Justiça para a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico do governador e do secretário de Saúde.

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Na noite de quarta, Wilson Lima divulgou um vídeo e disse que não há provas contra ele, que não praticou ato de ilegalidade e nem se beneficiou de recursos públicos.

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