ÍNDIOS PIRATAS PERUANOS SEQUESTRAM BALSAS BRASILEIRAS E EXIGEM DINHEIRO EM TROCA DE LIBERAÇÃO

Ação indígena cria problema diplomático que coloca em evidência ações violentas indígenas em escalada na América do Sul.

Imagens mostram ações em embarcações brasileiras sequestradas no Peru. (FOTO: Divulgação)

Imagens mostram ações em embarcações brasileiras sequestradas no Peru. (FOTO: Divulgação)

PERU - Segundo a Marinha brasileira, comboio está retido em uma comunidade indígena no Peru. Em nota, empresa diz que indígenas daquela região reivindicam maior participação nos royalties do petróleo. Imagens mostram ações em embarcações brasileiras sequestradas no Peru

Tripulantes de uma das embarcações brasileiras que foram sequestradas por indígenas no Peru conseguiram filmar a ação do grupo. Sete tripulantes brasileiros e dois práticos peruanos estão sendo feitos de reféns desde a terça-feira (6), na fronteira com o país vizinho. (Veja o vídeo acima).

Ao g1, a Marinha do Brasil informou que as balsas saíram de Tabatinga, no Amazonas, no dia 22 de maio, e retornariam para Manaus com óleo cru de petróleo. Do Peru, o material seria trazido para Manaus.

Nas imagens, é possível ver os indígenas dentro de uma das embarcações e um dos funcionários, que conversa com o grupo, chega a implorar: "Oh meu Deus, oh meu Jesus, tenha compaixão".

Em outro trecho do vídeo, os indígenas começam a gritar e apontam para canoas que cercam a embarcação ao longo do rio.

Em seguida, um outro homem diz: "Nós vamos amarrar", mas um dos indígenas responde que não.

Segundo o 9º Distrito Naval, a Marinha de Guerra do Peru enviou duas lanchas de controle fluvial para monitorar a situação. "Os tripulantes das embarcações brasileiras estão bem e permanecem a bordo, aguardando posicionamento das autoridades peruanas para seguir viagem", ressaltou o Comando.

A Marinha do Brasil disse, ainda, que está em contato com a Marinha de Guerra do Peru, acompanhando o caso.

Empresa se pronuncia

Em nota, o Grupo Cidade Transportes disse que o motivo da tomada da embarcação, segundo a empresa, é que os indígenas daquela região reivindicam maior participação nos royalties do petróleo.

"Desde que tivemos conhecimento do ocorrido, iniciamos o contato e já estamos tratando com a Novum e o Governo Federal do Peru para convergir com a normalidade de nosso comboio que momentaneamente está retido na aldeia indígena. Estamos empenhados para termos um desfecho célere para o impasse junto aos povos indígenas da região. Aproveitamos para deixar claro que a Cidade Transportes não tem medido esforços para a solução do conflito em pauta e não deixaremos nenhum dos nossos funcionários que transportam no eixo Brasil x Peru desamparados", disse a empresa.