Guga: Villavicencio já enviou documentos sobre o Equador para o WikiLeaks, de Julian Assange

Jornalista investigativo, candidato à presidência tinha 59 anos e se declarava defensor de causas indígenas e trabalhistas.

Guga: Villavicencio já enviou documentos sobre o Equador para o WikiLeaks, de Julian Assange
Jornalista investigativo, candidato à presidência tinha 59 anos e se declarava defensor de causas indígenas e trabalhistas. Villavicencio foi morto com três tiros na cabeça. Guga: Villavicencio já enviou documentos sobre o Equador para o WikiLeaks, de Julian Assange

Assassinado nessa quarta-feira (9) com três tiros na cabeça depois de sair de um comício na cidade de Quito, Fernando Villavicencio já entregou documentos sobre o Equador para o WikiLeaks, de Julian Assange.

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Villavicencio também foi um dos responsáveis pela denúncia de que Julian Assange, fundador do WikiLeaks, era espionado na embaixada do Equador em Londres, onde refugiado ficou por anos.

As relações de Assange com o Equador esfriaram depois que o país o acusou de vazar informações sobre a vida pessoal do presidente equatoriano, Lenin Moreno — que afirmou que Assange violou os termos do seu asilo.

Assange se refugiou na embaixada para evitar ser extraditado para a Suécia — onde as autoridades queriam interrogá-lo como parte de uma investigação de agressão sexual, que depois foi descartada.

Fernando Villavicencio tinha 59 anos e era jornalista investigativo. Na política, foi membro da Assembleia Nacional do Equador entre 2021 e 2023. Ele se declarava defensor das causas sociais, indígenas e dos trabalhadores, sendo líder sindical.

Nos últimos anos, o político vinha se manifestando contra ex-presidente Rafael Correa e a empresa de petróleo do Equador.

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Suspeito morreu em troca de tiros

O Ministério Público publicou uma nota na qual afirma que um suspeito morreu.

De acordo com o texto, ele foi ferido em uma troca de tiros com agentes de segurança. O suspeito foi detido e levado, já muito ferido, a uma unidade policial que trata de crimes cometidos em flagrante delito em Quito.

"[Profissionais de] uma ambulância confirmaram a morte, e a polícia está dando seguimento ao processo de coleta do cadáver."

Eleições antecipadas

O Equador irá eleger um presidente, vice-presidente e os 137 parlamentares em 20 de agosto. O presidente Guillermo Lasso dissolveu a opositora Assembleia Nacional, em maio, para pôr fim à "crise política grave e comoção interna".

A dissolução, que deu lugar a eleições gerais antecipadas, ocorreu em meio a um julgamento político para destituir Lasso.