Região é habitada por pelo menos 6.500 anos por populações indígenas que ocupavam tanto as margens quanto o interior próximo ao rio, segundo arqueólogo. Pedras com gravuras aparecem durante a seca do rio GuaporéRondônia é uma região repleta de mistérios naturais, e recentemente, um vídeo gravado na região do Forte Príncipe da Beira, em Costa Marques (RO), viralizou nas redes sociais (assista acima). No vídeo, é possível observar afloramentos rochosos com gravuras rupestres que aparecem durante o período de estiagem do rio Guaporé. A questão que intriga a todos é: qual é a origem dessas gravuras e quem as deixou ali?As imagens foram feitas pela jornalista Luciana Oliveira, que viajou até o local para conhecer de perto as pedras. Ela conta que, para visualizar as rochas, é preciso navegar pelo rio por aproximadamente 20 minutos. No entanto, devido à periculosidade da travessia, especialmente nesta época do ano, é fundamental estar acompanhado por um guia experiente.Segundo o arqueólogo ouvido pelo g1, Carlos Zimpel, as pedras com gravuras rupestres só aparecem durante a temporada de seca do rio e são conhecidas e preservadas pela maioria dos moradores da comunidade quilombola do Forte Príncipe da Beira, devido à sua proximidade com a região.Como são essas pedras?De acordo com o arqueólogo, as pedras rochosas exibem uma variedade de formatos, incluindo algumas que lembram animais e até mesmo figuras humanas, e sua dimensão é maior do que aparenta à primeira vista, tornando-as visíveis.Gravuras rupestres em pedras que aparecem com seca do rio GuaporéAngel Pessoa/ArquivoPedras que aparecem com a seca do rio GuaporéAngel Pessoa/ArquivoO quilombola Angel Pessoa acrescenta que nas gravuras, também é possível identificar indicações de localizações, como setas apontando para diferentes pontos, facilitando a orientação geográfica de quem habitava a região. Quem fez essas gravuras?O especialista esclarece que às margens do rio Guaporé é habitada por pelo menos 6.500 anos, com várias áreas arqueológicas pesquisadas na região. Contudo, a cerca de 2 mil anos atrás, houve um aumento significativo na presença de populações indígenas que ocupavam tanto as margens, quanto o interior próximo ao rio.Segundo o arqueólogo, as gravuras estão associadas à primeira ocupação da região onde se encontra o Forte Príncipe da Beira. Nessa área, havia uma densa população indígena que se dispersou com a chegada de outros grupos.Conheça o Forte Príncipe da Beira em RO e sua ligação com a lenda da 'cidade perdida na Amazônia'As pessoas que habitaram essa região expressaram sua cultura de várias maneiras, inclusive por meio de escrituras em pedras. Essas gravuras não estão limitadas apenas à área de Costa Marques, mas também são encontradas em diversos pontos da Amazônia, sendo um reflexo da forte presença indígena na região, explica o Carlos Zimpel.
Saiba o que é e quem deixou as pedras com gravuras que aparecem no rio Guaporé, em RO, durante a estiagem
.
- ESTADOS E MUNICIPIOS
- Real Radio Tv Brasil
- 15:54:58
- 02/09/2023
Fonte: Globo
Comunicar erro
Mais sobre ESTADOS E MUNICIPIOS
Governo federal anuncia Pix de R$ 5,1 mil para famílias do RS
15/05/2024 às 15:58:42
FAB muda horário de recebimento de doações ao RS em bases aéreas
15/05/2024 às 11:28:22
Leia também
PSDB confirma José Luiz Datena como pré-candidato à Prefeitura de São Paulo
15/05/2024 às 23:30:30
Amanda Schott confirma vaga no levantamento de peso em Paris 2024
15/05/2024 às 23:30:21