Acusado de crimes de guerra na Ucrânia e expulso do órgão no ano passado, país liderado por Putin concorrerá a nova eleição em outubro. Ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, discursa durante 78° Assembleia Geral da ONU em Nova York no dia 23 de setembro de 2023Eduardo Munoz/REUTERSExpulsa do Conselho de Direitos Humanos da ONU no ano passado, a Rússia faz lobby para voltar a integrar o órgão, a despeito das sucessivas provas de crimes de guerra cometidos na Ucrânia e de seu presidente, Vladimir Putin, ter um mandado de captura expedido pelo Tribunal Penal Internacional.Compartilhe esta notícia pelo WhatsAppCompartilhe esta notícia pelo TelegramOutros regimes autocráticos, como China e Cuba, também são candidatos ao CDH, com sede em Genebra, que tem 47 membros eleitos para um mandato de três anos.O paradoxo mereceu o protesto conjunto de ONGs de direitos humanos, como a UN Watch, a Human Rights Foundation e o Raoul Wallenberg Center for Human Rights."Eleger as ditaduras de China, Rússia e Cuba como juízes da ONU em matéria de direitos humanos é como transformar um bando de incendiários em bombeiros", resumiu Hillel Neuer, diretor da UN Watch.Logo da ONU do lado de fora da sede em Nova YorkCarlo Allegri/ReutersA votação será no próximo dia 10 e decidida pelos 193 membros da ONU. De acordo com o documento obtido por CNN e BBC, a Rússia justifica sua posição para obter apoio à candidatura, alegando que o órgão não pode se transformar em instrumento que serve às vontades políticas de um grupo de países que pune os que não são leais.Diplomatas ouvidos pela BBC qualificaram como agressiva a campanha russa, que oferece cereais e armas a pequenos países em troca de votos.A relatora especial da ONU para a Rússia, Mariana Katzarova, expôs recentemente no Conselho de Direitos Humanos suas preocupações sobre detenções em massa e uso persistente de tortura e assédio a quem se pronuncie contra a guerra na Ucrânia ou ao governo liderado por Putin.Trata-se, conforme ela explicou, de um padrão de supressão de direitos civis e políticos do país.ONU aprova a suspensão da Rússia do Conselho de Direitos HumanosONU/ReproduçãoFoi a primeira vez em sua história que o Conselho de Direitos Humanos autorizou um perito independente a investigar violações dos direitos humanos em um dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU.A votação para suspender a Rússia do Conselho de Direitos Humanos, em abril do ano passado, foi apoiada por 93 dos 193 países. Vinte e quatro se manifestaram contrários e 58, entre eles o Brasil, se abstiveram. Mais de 20.000 pessoas foram detidas desde fevereiro de 2022 por participarem de protestos contra a guerra.A candidatura da Rússia para um novo mandato no CDH foi rejeitada, num dramático e corajoso testemunho de Evgenia Kara Murza nesta segunda-feira em Genebra.Esposa do dissidente Vladimir Kara-Murza, que foi condenado a 25 anos de prisão e mandado para um campo de prisioneiros na Sibéria por criticar a guerra de Putin contra a Ucrânia, ela apelou aos países-membros a não aceitarem o país de volta ao organismo."A Rússia de Putin definitivamente não tem lugar no Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas. Enquanto o governo de Putin for autorizado a permanecer no Kremlin, a guerra continuará. Vladimir Putin não é um líder, mas um valentão que precisa ser detido, se quisermos a paz."
Rússia faz lobby para voltar ao Conselho de Direitos Humanos da ONU
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- 27/09/2023
Fonte: Globo
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