Macapá relata recebimento de frascos de vacina contra Covid-19 com quantidade menor de doses

Secretaria Municipal de Saúde disse que casos são isolados e foram registrados nos últimos lotes da CoronaVac.

Macapá relata recebimento de frascos de vacina contra Covid-19 com quantidade menor de doses
Macapá (Amapá) - Secretaria Municipal de Saúde disse que casos são isolados e foram registrados nos últimos lotes da CoronaVac. Prefeituras dizem que frascos da CoronaVac têm menos do que as 10 doses anunciadas

Macapá recebeu frascos da vacina CoronaVac, que combate a Covid-19, com uma quantidade de doses menor do que o informado no rótulo do imunizante. De acordo com a prefeitura, os casos são isolados. A situação também aconteceu em cidades da Bahia e Paraná.

A Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) disse, em nota, que o problema ocorreu nos últimos lotes recebidos da CoronaVac, imunizante produzido pelo Instituto Butantan.

Foram registrados frascos com rendimento de 9 doses, sendo que deveria conter 10 doses.

"Nos últimos lotes recebidos da vacina CoronaVac têm registrado doses abaixo do informado nos frascos do imunizante. Em alguns casos, o frasco que deveria conter dez doses, possui apenas nove. As ocorrências ainda são isoladas e a Semsa registra cada caso de doses insuficientes recebidas em seus relatórios de ações", informou.

Nesta segunda-feira (12), a capital iniciou a vacinação contra Covid-19 em pessoas de 18 a 59 anos que apresentam comorbidades.

Ao G1 Bahia, que relatou o mesmo problema, as entidades enviaram as seguintes notas:

Instituto Butantan

Segundo o Instituto Butantan, os frascos da CoronaVac são envasados com 5,7 mL e que o problema "não se trata de falha nos processos de produção ou liberação dos lotes".

De acordo com o instituto, todas as notificações recebidas por eles até o momento relatando suposto rendimento menor das ampolas foram devidamente investigadas, e identificou-se, em todos os casos, prática incorreta na extração das doses nos serviços de vacinação.

Ministério da Saúde

Em nota, o Ministério da Saúde informou que existe a orientação para que estados e municípios registrem no formulário técnico quando não for possível aspirar o total de doses declaradas nos rótulos das vacinas.

A análise dessas ocorrências será conduzida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Anvisa

A Anvisa afirmou que observou um aumento de queixas técnicas relacionadas à redução de volume nas ampolas da vacina e que os relatos estão sendo investigados como prioridade pela área de fiscalização da agência.

A agência também relatou que avalia todas as hipóteses para que se verifique a origem do problema e não haja prejuízos à vacinação no país.

No começo de março, a Anvisa autorizou que o Instituto Butantan alterasse o volume do frasco da CoronaVac para evitar desperdício do imunizante. Por causa da decisão, cada frasco passou de 6,2mL para 5,7 mL, com a manutenção de 10 doses por unidade.