George Santos é acusado de participar de esquema de fraudes por colega com quem dividia casa

George Santos é acusado de participar de esquema de fraudes por colega com quem dividia casa
O homem que acusa o brasileiro deputado nos EUA foi preso em 2017, mas mudou seu depoimento nesta semana. Santos ficou conhecido por mentir em seu currículo durante a campanha eleitoal. George Santos em campanha em Nova York, Estados Unidos, no dia 5 de novembro de 2022

Mary Altaffer/AP

George Santos, o brasileiro que é deputado nos Estados Unidos e ficou conhecido por mentir em seu currículo durante a campanha que o elegeu, está sendo acusado de fraude por um homem que morou na mesma casa que ele na Flórida há alguns anos.

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O caso é antigo, mas tomou novos rumos nesta semana.

Em abril de 2017, o ex-colega de quarto de Santos, Gustavo Ribeiro Trelha, foi preso em Seattle por policiais que o flagraram instalando uma máquina para clonar cartões em um caixa eletrônico.

Trelha foi deportado para o Brasil depois de se declarar culpado.

Naquela época, a polícia conectou o acusado ao mesmo endereço de Santos, na Flórida, mas o deputado não foi relacionado no processo. No entanto, segundo reportagem do The New York Times, Santos foi interrogado pela polícia de Seattle e testemunhou em uma audiência de fiança para a liberação de Trelha.

Na última quarta-feira (8), porém, o homem acusado por fraude mudou seu depoimento e apresentou alegações contra George Santos.

Na declaração - que foi divulgada pelo jornal americano Politico e depois enviado ao FBI - Trelha disse que era Santos quem liderava a operação de fraudes em caixas eletrônicos e que o acordo entre os dois era dividir os lucros com o esquema igualmente.

"Estou me apresentando hoje para declarar que o responsável pelo crime de fraude com cartão de crédito quando fui preso era George Santos/Anthony Devolder", escreveu ele, complementando que não falou sobre isso antes porque o deputado estava ameaçando pessoas próximas.

Ainda de acordo com o depoimento atualizado de Trelha, Santos seria o responsável por ensinar a como roubar as informações e clonar os cartões, além de que o deputado teria um depósito em Orlando com as máquinas e ferramentas necessárias para as fraudes.

George Santos se manifestou sobre as acusações por meio de uma rede social.

"A mais nova insanidade publicada pelo Politico é categoricamente falsa. Qualquer organização de notícias disposta a fazer um bom jornalismo, eu adoraria sentar com você e repassar tudo (sobre o caso)", escreveu no Twitter.