"SEM QUALIFICAÇÃO": Governador de Goiás pede impeachment de desembargador que defendeu extinção da PM

Recém-empossado no cargo de desembargador do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), Adriano Roberto Linhares Camargo, causou polêmica ao defender a extinção da Polícia Militar.

Foto: Reprodução internet

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Recém-empossado no cargo de desembargador do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), Adriano Roberto Linhares Camargo, causou polêmica ao defender a extinção da Polícia Militar. A declaração do magistrado ocorreu na quarta-feira (1º) durante sessão de julgamento da Seção Criminal do TJ-GO. Segundo ele, há "abusos e excessos recorrentes" por parte da PM. " Para mim, tem que acabar com a Polícia Militar de Goiás e instituir uma forma diferente na área da investigação e da repressão a crimes", disse o desembargador.

Após a repercussão das falas, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), pediu o impeachment do magistrado. Em viagem internacional, Caiado gravou vídeo para protestar contra Adriano Roberto Linhares e chamou o magistrado de “você” e diz que ele “pratica verdadeiro crime contra a PM-GO”. “Você está atentando contra o estado democrático de direito ou você está cooptado por outras forças do crime do nosso estado”, disse o governador.

"Sua fala deve ser avaliada pelo Conselho de Ética do Tribunal de Justiça, que deve lhe impor o impeachment, porque você não tem qualidades mínimas para responder com o título de desembargador. Você não está vestido com a liturgia do cargo. Você é um cidadão desrespeitoso, agressivo e inconsequente", apontou o governador em outro trecho da gravação.

"Já mandei o procurador-geral do Estado de Goiás construir um documento consistente para encaminhar ao corregedor, para que as penas sejam, ali, muito bem aplicadas em um cidadão que não tem a mínima qualificação para ser desembargador do estado de Goiás", afirmou Caiado.

DESEMBARGADOR SE DEFENDE

Diante do confronto gerado com o governador Ronaldo Caiado, o desembargador Adriano Linhares disse ao jornal O Popular que "jamais faria qualquer comentário sobre a pessoa do governador". Segundo ele, a fala a respeito da PM estava inserido no context